Em eventos, a dinâmica é constante

Assim, como o aprendizado de quem executa os mesmos.

A Cidade da Música em terras paulistanas foi aberta ao público pela primeira vez no sábado, dia 2 de setembro, no Autódromo de Interlagos, marcando assim o início da história da construção de um festival, que tem como meta ser o maior e mais representativo da cidade de São Paulo.

Contando com o expertise de toda a equipe responsável pelo Rock in Rio, inclusive de seu idealizador, Roberto Medina, que arquitetaram uma marca global, que teve o seu início em 1985, na cidade do Rio de Janeiro, tornando-se um símbolo da transformação do país, em pleno processo de redemocratização, após décadas de um sistema repressor, o The Town nasceu do tamanho da megalópole que o sedia, não só em sua grandeza territorial, projetada em uma área de 360 mil m2, mas também nas suas particularidades diversas.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, está previsto um impacto econômico de R$1.7 bilhão, o maior já visto na capital, além de gerar mais de 19 mil empregos diretos.

O compromisso de gerar experiências memoráveis e fomentar acolhimento pleno a todos os participantes do festival, inseriu em seu planejamento a atenção, responsabilidade e verdadeira inclusão das Pessoas com Deficiências (PCD`s).

O The Town já nasce com o compromisso de ser um festival plural e tem uma equipe de acolhimento preparada para atender o público em casos de racismo, homofobia, transfobia e outros, além de situações de crise de pânico e ansiedade. Entre as ações criadas pela equipe de acessibilidade do festival, está um plano de rotas elaborado por conta dos desníveis na geografia do local.

O público também pode pegar cadeiras de rodas emprestadas, assim como o kit livre – um equipamento elétrico que torna as cadeiras de rodas motorizadas.

Nos palcos Skyline, The One, Factory e New Dance Order, existem plataformas e espaços para PCD’s e grupos prioritários sujeitos a lotação. O agendamento de brinquedos é prioritário até que se esgotem. Além da Central de Acessibilidade, o público conta com uma sala de regulação, kits sensoriais, mapas táteis, tradução de músicas para Libras, áudio descrição dos shows e transporte especial saindo do SP Market em direção à Cidade da Música, com revista e catraca exclusivas.

“Estamos preparando a Cidade da Música para que as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida possam curtir a experiência na Cidade da Música com o maior conforto possível, segurança e dignidade. Preparamos um plano de acessibilidade que engloba toda e qualquer inclusão, pois muitos PCDs deixam de participar de algo por achar que não serão recebidos adequadamente. A Cidade da Música será para todos e, assim como o Rock in Rio, certamente é uma porta de entrada para outros festivais voltarem sua atenção para pessoas com necessidades especiais”, afirma Thiago Amaral, Coordenador de Acessibilidade e Pluralidade da Rock Word.

O Centro de Serviços de Acessibilidade é o principal espaço de atendimento para pessoas com deficiência física, pessoas com deficiência auditiva, pessoas com deficiência visual, pessoas obesas, pessoas com deficiência intelectual, pessoas com síndromes variadas, pessoas com comorbidade, pessoas com mobilidade reduzida, gestantes, idosos e lactantes. O local vai concentrar o atendimento e suporte ao público PCD.

Quem utiliza cão-guia terá um ponto de apoio no Centro de Serviços para manter o bem-estar do animal durante o festival, com hidratação, alimentação e área para realizar as necessidades fisiológicas. Banheiros acessíveis estarão por toda a Cidade da Música e são unissex para garantir a entrada do acompanhante, caso necessário, além de serem de uso exclusivo de pessoas com deficiência e serem adaptados para pessoas ostomizadas. Os balcões de atendimento dos restaurantes da Cidade da Música são rebaixados e com indicação para fila prioritária.

Ao lado da Central de Acessibilidade, haverá uma Sala de Acomodação e Regulação Sensorial, indicada especialmente àquelas que possuem Transtorno de Processamento Sensorial (TPS) – com iluminação e som reduzidos, proporcionado um ambiente acolhedor. Há ainda uma equipe de terapeutas apta para atender às necessidades desses usuários.

O The Town contará também com diversas outras ações pela Cidade da Música, como pré- cadastro de doadores de medula óssea, sangue e plaquetas pelo Pró-Medula, realização da campanha Sim à Igualdade Racial, pelo ID-BR, e uma cobertura exclusiva das ações de pluralidade pela Alma Preta Jornalismo.

A equipe de staff do festival está treinada por diferentes organizações, que abrangeram temáticas diversas, para todos se prepararem da melhor maneira. Participaram desse treinamento diversas organizações parceiras do festival. Os staffs serão capazes de fornecer informações e assistências iniciais, encaminhando o público quando necessário. O maior festival de música, arte e cultura de São Paulo defende uma sociedade diversa, inclusiva e acessível, tendo o respeito como algo primordial.

Afinal, Pessoas São Feitas para Brilhar, não de forma segregadora, mas sim, Plural, sem exceções.