Reveillon-2018
(Imagem arquivo DT)

Cargos de confiança são entregues a gestores incompetentes, sem noção técnica e que parecem estar muito mais atentos na deliberações polêmicas de recursos financeiros para seus “redutos eleitorais

 
por Andrea Nakane*

 

Mais um ano se passou e muitos comemoram conquistas, progressos e sucessos.

Porém quem pertence ao trade turístico tupiniquim, não tem o que celebrar, a não ser ter vivenciado, de forma resiliente, um ano difícil, de contenções e limitações, com resultados pífios frente a potência representativa em todo o Brasil, que parece estar adormecida profundamente em berço esplêndido, vivendo só de aparências conquistadas outrora.

A recuperação econômica do país começa a dar sinais, fraquíssimos esboços, de vitalidade. A área de serviços tem liderado esse avanço, porém o turismo parece na paúra da estagnação deprimente.

As políticas públicas que teimam em vigorar são vinculadas ao estilo “para inglês ver”, demonstrando sua total sinergia com a “politicagem” barata e inescrupulosa que reinam de forma hegemônica no país.

Cargos relevantes, de confiança e liderança, são entregues a gestores incompetentes, sem noção técnica e que parecem estar muito mais atentos na deliberações polêmicas de recursos financeiros para seus “redutos eleitorais”, para a construção de pontes, barreiras, pavimentações próximas de seus empreendimentos particulares, enfim, ações, que tem sim, sua importância, como pilares de infraestrutura, mas que acabam desiquilibrando a necessidade de fomentar pensamentos e iniciativas estratégicas, que realmente tragam impulsos e vigor ao mercado turístico.

Entra ano e saí ano, e nós, profissionais do setor, continuamos a renovar as esperanças de presenciar transformações e resoluções conspícuas e reais, afinal sabemos de nossas riquezas patrimoniais, sejam imateriais ou materiais, mas isso, por si só não basta no atual cenário competitivo.

Imagem craquelada

A mobilização por investimentos comprometidos dignamente para a qualificação profissional, a construção de um plano de relações públicas na recuperação da imagem turística brasileira – sim nossa imagem há muito está craquelada, entre outros projetos precisam ser analisados e geridos com transparência e responsabilidade.

Pressupostos apresentados, tenhamos, nós, verdadeiros protagonistas do turismo brasileiros, um horizonte mais generoso em 2018, que acolha nossos anseios e expectativas e que a esperança renovada nos possibilite continuar exercendo um lobby legal e virtuoso, em prol do que acreditamos e amamos, afinal, em nosso exército do bem há muito mais guerreiros e heróis do dia-a-dia, que figurantes bajuladores, transitórios e egocêntricos, sem eira e nem beira.

Que em 2018, esses encontrem seu caminho, se possível a mil anos luz do Turismo Nacional.

Que venha 2018!