E cá estamos na 25º posição do prestigiado ranking da International Congress and Convention Association – ICCA – que anualmente divulga a lista de países que mais sediam eventos internacionais no mundo.

É preciso considerar que essa classificação é baseada em uma metodologia própria, sempre com vigência anterior ao ano de sua divulgação.

Apesar do Brasil já ter figurado no TOP Tem (sétima posição), há alguns anos atrás, essa notícia acabou sendo encarada com positividade, já que o país subiu duas posições, se comparado ao ano anterior.

Evidente, como profissional do setor e plena da potencialidade da nação, é notório um ligeira frustração, mas a mesma vem acompanhada de uma ligeira esperança de mantermos nossos esforços para recuperarmos o que já representamos para o mundo.

Claro que esse trabalho, é bastante hercúleo, pois cada vez mais, vemos países, com muita visão e investimentos, galgando progressos nessa área.

Nos falta muita infraestrutura dirigida ao setor, além de campanhas de Relações Públicas, para promover a imagem e as condições brasileiras para sediar eventos internacionais.

A expectativa é que com a reestruturação da EMBRATUR, o Brasil possa eliminar essas lacunas, sobretudo, na promoção do destino, a essência da entidade e que há tempos tem sido negligenciada. É sempre interessante afirmar que o órgão deve captar recursos de outras fontes que não sejam ligadas ao sistema S, que faz um trabalho primoroso e não deve ser penalizada com a diminuição de seus subsídios.

O cobertor não pode puxado e deixar de fora, pés que são aquecidos com muita competência em diversas áreas de educação, cultura, alimentação, empreendedorismo, saúde e, inclusive, o turismo.

É preciso muito pragmatismo e dedicação para aproveitar o ligeiro crescimento pelo interesse no Brasil, em escala mundial e dessa forma recuperar a colocação de outrora. Seria bom já iniciarmos os trabalhos no “quintal da nossa casa”.

Nessa mesma divulgação, a ICCA apresentou também a lista anual das cidades que mais receberam eventos internacionais em 2022, configurando o Rio de Janeiro, com 29 eventos como o líder tupiniquim.

Logo depois vem São Paulo (27), Florianópolis (5), Foz do Iguaçu (5), Porto Alegre (5) e Salvador (5). Porém, esses números não nos permitiram deter a dianteira do ranking na América Latina, já que a cidade que liderou foi Buenos Aires, com 66 eventos.

E vamos lá… reconhecer a queda, não desanimar, levantar a cabeça, sacodir a poeira e dar a volta por cima, como já nos ensinou o compositor Paulo Vanzolini em sua magnífica canção intitulada de Volta por Cima.