Recentemente, a sociedade brasileira foi chacoalhada com por um movimento de sensibilização para combater o uso do canudinho de plástico.

A vida útil de um canudinho é de, em média, de apenas quatro minutos. Só que no meio ambiente ele vive por centenas de anos, porque o plástico não é biodegradável. E por isso mesmo, um manifesto mundial tem chamado a atenção em prol da causa. Mas na verdade esse é só um elemento…

Quando um propósito não está na essência de um comportamento e crença… não adianta… ele não se sustenta por muito tempo e acaba minguando… até que possa desaparecer.

A sensação que temos é que todo o papo e ações vinculadas a Sustentabilidade em Eventos não passou de um comportamento Greenwashing.

Por Greenwashing entende-se como um termo que descreve as empresas que exploram produtos e serviços ambientalmente responsáveis, quando na verdade se tratam somente de estratégias para aumentar os lucros ou reduzir custos. Começou a ser usado pelo ambientalista Jay Westerveld, em 1986, como resposta a algumas práticas da indústria hoteleira que colocava Cards nos quartos incitando à reutilização de toalhas para “salvar o meio-ambiente”, quando em muitas situações não se notava nenhum esforço sincero dos hotéis em contribuir para essa máxima.

Hoje podemos, então , dizer que o mercado de eventos também tornou-se um Greenwashing, já que as iniciativas relacionadas as tratativas de sustentabilidade rareiam e em muitas situações tornam-se esquecidas completamente.

Até pouco tempo atrás, as referências mais comuns de incluir a discussão nos eventos, das mais diversas tipologias, diziam respeito a uma utilização parcial de medidas inerentes à sustentabilidade. Hoje nem isso mais é visto!

Era notório, até mesmo, uma fragmentação não corresponde à totalidade e isso em algumas situações chegou a ser interpretado pela sociedade, que está muito mais atenta e atualizada, como uma ação enganosa ou desrespeitosa que até gerava uma verdadeira repulsa institucional.

Ao mesmo tempo que um evento tem o poder de estabelecer relacionamentos, ampliar percepções de marca e seus atributos, se o mesmo não estiver comprometido com valores atualmente tão desejados pela humanidade, o retorno pode ser desastroso.

E como consequência de tal situação, irá presenciar uma reputação abalada e um descrédito generalizado, que afetará o desempenho de um negócio.

Não evocar o tema da sustentabilidade em projetos de eventos é no mínimo agir com irresponsabilidade, sendo ciente dos impactos que podem ser concebidos por esta atividade.

É preciso que o segmento de eventos na seja mais um cúmplice de atitudes ocas e levianas e posicione-se de forma mais proativa e consciente, buscando adotar medidas que minimizem e/ou em alguns momentos erradiquem os impactos ambientais e sociais gerados por suas realizações. Não podemos compactuar como se esse tema fosse um simples modismo.

Não dá para que os outros façam o que cada um de nós pode fazer… e nesse caso os Organizadores de Eventos tem uma missão nobre: o de despertar maior conscientização de seu público alvo e estimular empresas e marcas que adotem uma linha de real compromisso com o tema que é inerente a todos nós.

Pela volta desse movimento.. eu assino embaixo!