Como referencia-se no ideograma chinês a palavra Crise possibilita duas interpretações: uma de total entrega, dificuldade estagnadora e outra de oportunidade, de encontrar novas perspectivas.

E ao relacionarmos crise econômica com o Carnaval, as agremiações do grupo especial do Rio de Janeiro prometem ganhar nota dez no quesito criatividade e adaptação a uma nova demanda.

Como o marketing cultural ficou escasso, a maioria das escolas teve que ajustar seus orçamentos sem a colaboração privada que há anos aportava em enredos onde o luxo ganhou destaque.

Redução do tamanho das fantasias, utilização e reutilização de materiais alternativos, entre outras ações proporcionarão em 2016 um Carnaval mais leve e econômico.

Sem dúvida alguma é a Sustentabilidade reinando na avenida, se não por total consciência, estimulada por ser fruto da necessidade.

É a volta do belo e mágico Carnaval, no qual a ostentação foi trocada pela criatividade e o compromisso de enredos patrocinados dá lugar a liberdade mais poética para a concepção de toda a história que será contada.

É a emoção retornando a dar o tom na cadência do pulsar do espetáculo, sendo, então esse seu maior destaque… não só em 2016, mas quem sabe também seja um marco maior para uma nova escrita de uma das mais grandiosas festas populares do mundo, que tanto expressa o talento e o profissionalismo de tantos abnegados e devotos apaixonados pela cultura do samba.

A hora da reinvenção é essa minha gente! Não só para o Carnaval mas também para todos os demais dias do ano! Atrás desse movimento só não vai que já padeceu e perdeu seus clientes!

Não deixe a crise matar seu negócio!

 

Andréa Nakane