A trajetória da RIO 2016 – observada agora após seu encerramento – tem total sinergia com Usain Bolt, um dos nomes mais emblemáticos da XXXI edição dos Jogos Olímpicos da idade moderna, já que sua velocidade galopante deixou todos atônitos e com gosto de quero mais!

Foram sete anos desde a captação do evento até o ano de sua realização. A cidade do Rio de Janeiro transformou-se em um canteiro de obras a céu aberto, com inúmeras demandas, não só de revitalização, mas também de alinhamentos com a modernidade, sobretudo na área de mobilidade e nas exigências de equipamentos para as competições.

Questões de vulnerabilidade foram tratadas de forma paliativa, mas, eficiente em seu resultado final, como é o caso da segurança e saúde pública.

A autoestima carioca ganhou projeção tanto no cenário nacional e internacional, o engajamento da população foi notório e cativou delegações de todos os cantos do mundo.

Lógico que inúmeras falhas ocorreram, mas nada tão depreciativo, a ponto de macular a imagem dos primeiros jogos olímpicos e paraolímpicos da América do Sul.

A sensação de ninho vazio assola a cidade, nesse momento, após o intenso envolvimento nos últimos anos com a realização dos megaeventos, especialmente esportivos. A década de ouro chegou ao seu fim.

E a pergunta roda… e agora, RIO?

Não podemos deixar a peteca cair… a imagem da cidade está em alta e precisa ser tratada com toda a sagacidade dos órgãos públicos, sobretudo com relação as estratégias para alavancar o turismo e, o enaltecimento de sua vocação festiva, para realizar eventos das mais diversas tipologias e grandezas.

Nunca o Rio de Janeiro foi alvo de tanta mídia espontânea e testemunho positivo de seus visitantes. Deixar isso passar em branco é mais que uma visão míope… é uma verdadeira irresponsabilidade.

A conta de todos os investimentos começará, agora, a ser sentida nos bolsos de todos os brasileiros e fomentar novas bases de receitas será vital para minimizar esses impactos de ordem financeira.

Ficar deitado em um podium esplêndido, vivendo melancolicamente de uma excelente passagem recente de sua história, não será nada benéfico e nem saudável.

É preciso manter a chama acesa, tendo determinação para sair na frente de outros players e ganhar espaço na mente dos visitantes e investidores prospects.

Um trabalho estruturado de Relações Públicas é vital, assim como, manter as parcerias em prol da boa ordem e gestão da cidade.

O aquecimento foi estimulado, condicionamento para realizar eventos, mais uma vez, foi ovacionado, o espírito de irmandade enaltecido e essa composição, sem dúvida alguma, é o legado mais importante e que precisa ser lustrado a cada novo dia… afinal um ciclo de outro encerrou-se e agora é hora de iniciar um outro ciclo de sucesso… Depende de todos nós!