Você já ouviu falar de Burning Man?

Se você é da área de eventos é de grande relevância conhecer esse projeto que se tornou um ícone dos festivais mundiais.

Ainda não tive oportunidade de pessoalmente participar, mas a cada ano fico mais tentada, pois tenho certeza que minha mente e bagagem como profissional da área voltará mais enriquecida e criativa, afinal todo OPC, tem que ter mentes abertas, sem pudores e sem receios.

Primeiro, definir o que seja o Burning Man já um grande desafio. Pode-se afirmar que é um festival, mas nada similar ao que exista mundo à fora.

Ele tem como principal foco atiçar e movimentar a contracultura, que balança estruturas de conformidade e homogeneização social, buscando valorizar a natureza, estimular um estilo de vida comunitária e sobretudo ir contra o capitalismo e sua economia voraz.

A sua própria localização é um total quebra de paradigma, já que tem no deserto Black Rock Desert, em Nevada, nos Estados Unidos sua morada, desde 1990 e tem no nome de seu batismo um ícone representativo. Trata-se de um homem de madeira gigante, na ordem de 40 metros de altura, que a cada ano tem um estilo e que ao final é queimado como marco do evento.

O simbolismo dessa queima diz respeito a um rito de verdadeira catarse para liberar-se de toda a negatividade e recomeçar com uma “vibe” mais apropriada para ser feliz! Não só o Burning Man é queimado, o templo construído e outras instalações acabam também ardendo em chamas, mas com uma total adequação para não prejudicar o solo e meio ambiente, preocupação latente entre todos.

Sua criação ocorreu em 1986, por Larry Harvey, em Baker Beach, São Francisco e atualmente em seu novo site, reúne durante 10 dias, cerca de 60.000 pessoas em uma estrutura fenomenal, que impacta pelo gigantismo e sua própria simplicidade.

Aliás, a organização do evento é responsável por toda a logística dessa cidade montada no meio do deserto, porém são os próprios participantes que colaboram para sua dinâmica, que inclusive, doam trabalhos artísticos, como esculturas, instalações para exibição.

O valor individual para participar é de US$ 400 dólares e fora isso não há mais nada sendo vendido, a não ser gelo e café… todo o resto é compartilhado pelos participantes, que levam o básico para sua sobrevivência como água, comida, tenda, roupas, etc.). É proibido vendas entre os participantes.

A locomoção no festival é sustentável, via bike e a planta total do evento, em forma circular de mais de 2,4 km exige condicionamento físico, já que leva-se quase uma hora para circular por todos os ambientes.

Esse ano ainda não deu…mas um dia Burning Man… eu irei agregar essa experiência, mais que surreal… na real!

Quem topa?