A meta, ou melhor, o sonho de quase todo Organizador Profissional de Eventos (OPC) é que seu acontecimento especial extrapole a percepção de sua organização como satisfatória, que tenha atendido as expectativas do grupo e ganhe o coração das pessoas.

O vínculo almejado vai além da razão, estimula a emoção, que gera uma conexão mais profunda, vinculada a sentimentos mais duradouros de admiração, lealdade, compromisso e que são enlaçados por Amor.

Todo esse conceito fundamenta-se nos estudos do executivo de comunicação Kevin Roberts, apresentado em um livro lançado em 2004, intitulado Lovemarks. Muito Além das Marcas.

O autor faz referência a compreensão que o relacionamento alcançado com os clientes supere esse estágio e os tornem verdadeiros fãs, que se apropriam da marca em questão, já que a mesma lhe representa e/ou inspira sua aliança.

No universo de eventos já são muitas as Lovemarks conhecidas que acabam também se tornando estudos de caso, como benchmarking, para que possam extrair verdadeiros ensinamentos para uma construção própria.

As Lovemarks de Eventos permitem uma sustentabilidade econômica maior e geralmente possuem um rol de atratividade mais emblemática de patrocinadores e apoiadores, que vislumbrem a oportunidade em questão de criar um co-branding – associação de marcas –tendo como a deferência mais impactante uma Lovemark, que acaba sendo uma fonte propulsora de mais energia para as que estão ao seu redor, e que buscam justamente esse resultado, no intuito de vincular suas identidades com valores e emoções bem definidos de uma marca amada.

As Lovemarks em eventos tornam-se marcas de grandeza territorial, além de sua origem, instigando uma verdadeira “glocalização” – pensar globalmente e agir localmente. Exemplos como Rock in Rio, Tomorrowland, TEDx E Lollapaloza, detém essa especificidade de atender a uma comunidade de fãs, que não estão ou às vezes não querem deslocar-se até um determinado destino para usufruir suas experiências com sua paixão e conforme as condições mercadológicas e financeiras seja possível a previsão de sua realização em diversas localidades mundo à fora. Fato que também aumentará sua lucratividade.

Há também a intensa utilização dos próprios eventos como meios de comunicação dirigida que fomentem o contato dos fãs com suas Lovemarks, já que os mesmos configuram-se instrumentais de aproximação, de experimentação e de total sinergia com as marcas.

Todos esses pensamentos nos induzem a refletir mais, já que como profissionais da área, precisamos ter uma visão não só pragmática, em colocar em prática o criterioso planejamento realizado para atingir a perfeição do ponto de vista dos participantes/clientes secundários, mas também um comportamento visionário de estabelecer uma alma, uma personificação tangível, que alcançará valores intangíveis, que fortalecerão e tornarão nossos eventos ainda mais únicos e desejados.

Um trabalho extra, que ainda não se tornou um hábito, mas que deveria ser considerado, não só como uma estratégia, mas sim como uma ação mais humana, autêntica e que colabore efetivamente com a felicidade do coletivo, afinal entre tantos objetivos dos eventos, mesmo que implícitos, está o bem estar das pessoas.

Por mais Eventos Lovemarks eu assino embaixo, e você?